
Novas ocupações em áreas federais e particulares da Orla Norte de Porto Seguro têm chamado a atenção de moradores e autoridades locais. As invasões, supostamente protagonizadas por grupos de indígenas e “supostos indígenas”, reforçam a percepção de abandono por parte de órgãos responsáveis pela proteção do patrimônio da União.

A ausência de atuação efetiva de instituições como a Funai, Iphan, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Marinha e DNIT tem contribuído para um cenário de desordem e impunidade, segundo denunciam moradores e representantes locais. O resultado, visível a olho nu, é uma transformação estética e social da Orla Norte, que vem sendo descrita como um processo de favelização da região.
Responsabilidade compartilhada
Embora se trate de área pertencente à União, o município de Porto Seguro não pode se colocar apenas como espectador. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é apontada como peça fundamental no processo de fiscalização e denúncia, em articulação com o ICMBio, Ibama e Cippa Mata Atlântica, diante dos constantes crimes ambientais relatados na área, como:
- Desmatamento;
- Aterro de Nascentes;
- Incêndio da Restinga;
- Aterro de Brejos e Mangue.
Nova invasão
Na manhã da última sexta-feira, 07 de novembro, uma nova invasão foi registrada nas proximidades do bairro Paraíso dos Pataxós, às margens da BR-367, na Orla Norte. Segundo relatos, o modo de operação segue um padrão já conhecido: grupos se mobilizam para oferecer lotes em áreas nobres a preços reduzidos, com participação direta ou indireta de indígenas e “supostos indígenas”.
Contexto e questionamentos
Independentemente das motivações, cresce a cobrança por uma resposta efetiva das autoridades. A população local teme que a Orla Norte siga o mesmo caminho de Coroa Vermelha, área historicamente marcada por conflitos fundiários, crimes ambientais e crescimento desordenado.
Porto Seguro, um dos destinos turísticos mais importantes da Bahia e do Brasil, precisa de medidas concretas para garantir a preservação ambiental, o ordenamento territorial e a segurança jurídica sobre as terras federais e particulares. Além disso, oculpações irregulares a partir do Rio Sabacuzinho até Coroa Vermelha tem acelerado o avanço do mar.
Uma equipe Secretaria Municipal de Serviços Públicos comandada pelo secretário Luciano Alves e agentes da GCM - Guarda Civil Municipal estão no local. A intensão é dialogar uma retirada passifica.
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet. com