A Orla Norte de Porto Seguro vem sofrendo uma série de invasões e crimes ambientais que estão transformando e destruindo a paisagem local. O que começou com a construção de uma casa em frente à praia da Ponta Grande, local que hoje já se tornou uma "Vila" com residências e comércios, atualmente, as invasões seguem da Ponta Grande à praia do Mutá e Ponta Grande ao bairro Paraíso Pataxó.
Na praia do Mutá, desde a divisa com Coroa Vermelha até a praia da Ponta Grande, as invasões tomaram toda sua extensão nos dois lados da BR-367, onde foram criadas novas Cabanas que geram empregos e renda, mas também, residências e Chalés para aluguéis por temporada. A ocupação desordenada promoveu o desmatamento da restinga, causando o avanço do mar e extinção da faixa de areia na região, ou seja, sumindo com as praias.
Muitas dessas invasões são protegidas por 'supostos' indígenas, entretanto, na grande maioria destas áreas onde foram criadas as Cabanas, os reais proprietários são 'brancos' que teriam comprado as áreas dos 'supostos' indígenas. Apropriação de áreas da União na faixa da Marinha que promovem crimes ambientais e causam erosão e o avanço do mar.
A quantidade de invasões seguidas de crimes ambientais, tais como, queimadas criminosas, destruição da restinga, construções irregulares e aterramento de áreas alagadas, têm acelerado o avanço do mar. Como resultado, o solo está sendo contaminado por 'dejetos' gerados nestas áreas, além do impacto ambiental por conta da mudança na paisagem.
Após a ocupação total em toda a extensão da Praia do Mutá em ambos os lados da BR-367, nas últimas semanas, a área de praia que vai na Ponta Grande até a Barraca do Gaúcho, passou a ser invadida, também em ambos os lados da BR-367. Seguiremos monitorando os acontecimentos na região e aguardando o posicionamento das autoridades competentes.
Área da União
A falta fiscalização dos órgãos como, INEMA, ICMBIO, IPHAN e Marinha, gera insegurança e sensação de impunidade. Lembrando que a Orla Norte passou por uma requalificação de suas cabana com projetos aprovados pela União através de um TAC com o Ministério Público Federal, porém, este TAC está sendo descumprido por boa parte dos empresários, os quais estão 'Particularizando' as praias ao fechar as áreas com vegetação não nativa, parede de eucalipto e portões.
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com