A holandesa Germaine de Randamie venceu a norte-americana Holly Holm no UFC 208, em Nova York, na madrugada deste domingo (11), e tornou-se a primeira campeã peso pena feminino (65,7 kg) da organização. A luta valia o título inaugural da nova divisão e foi vencida por Randamie em decisão unânime dos juízes (triplo 48-47).
A expectativa é que a próxima desafiante ao cinturão seja a brasileira Cris Cyborg. "Eu quero lutar contra todos. Se eu precisar lutar contra Cyborg, luto. No momento tenho de fazer uma cirurgia na mão, e depois disso veremos o que acontece", disse Randamie, ainda no octógono.
"Holanda, você agora tem uma campeã do UFC", completou, emocionada e eufórica.
Randamie é menos famosa no Ultimate do que a rival que bateu no octógono. Tem cinco duelos na organização e conquistou seu quarto triunfo - o mais importante, sem dúvida. A holandesa aproveitou estratégia bem desenhada: nos dois primeiros rounds, esperou Holm tomar as primeiras atitudes para golpear forte nos contra-ataques. Holly percebeu a desvantagem no segundo assalto e tentou algumas quedas, mas não teve sucesso.
Duas ações de Randamie nos instantes finais do segundo e do terceiro assaltos chamaram a atenção: primeiro a peso pena conectou cotovelada depois do gongo, mas, considerando que o golpe foi dado no embalo da luta, não sofreu punição. Na sequência, também após aviso de término de round, desferiu série de socos na oponente e desta vez até mostrou a língua, em sinal de deboche. O árbitro lhe puxou a orelha e não tirou pontos.
Foi um passeio para Germaine de Randamie. Após vencer quatro rounds, todos no mesmo desenho de contragolpes, só controlou os últimos cinco minutos a fim de assegurar o cinturão. Holly Holm, atordoada, apostou em quedas no período que encerrou o duelo. Estratégia ruim: não teve força para concretizá-las e, no clinch, apenas perdeu tempo - ela, afinal, precisava de um nocaute ou uma finalização. Não aconteceu: a holandesa venceu fácil.
Holm ganhou popularidade no UFC ao ser a primeira mulher a vencer Ronda Rousey, em novembro de 2015. Na oportunidade, tomou da compatriota, que até então estava invicta na carreira, o cinturão peso galo feminino da organização. Ela perdeu o posto menos de um ano depois, para Miesha Tate.
E a derrota para Tate deflagrou mau momento na carreira da moça. Na sequência, perdeu também para Valentina Schevchenko. Agora, emplaca três reveses consecutivos.
Fonte: Uol
Por Gutemberg Stolze - Imprensananet.com