Nesta terça-feira, 09 de setembro, a capital do Nepal foi palco de manifestações intensas lideradas por jovens da chamada "Geração Z", contra a corrupção no governo e a proposta de banir redes sociais como Facebook, WhatsApp, YouTube e X. Os confrontos com a polícia deixaram 19 mortos e centenas de feridos, na segunda (09/09).
Diante da pressão, o primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou ao cargo, mas os protestos seguiram, com prédios públicos incendiados e pedidos por reformas profundas no sistema político. O aeroporto internacional da capital cancelou todos os voos programados no dia devido à instabilidade.
A esposa de um ex-primeiro-ministro do Nepal foi vítima da onda de violência que toma conta do país nesta terça-feira (9). De acordo com o jornal "The New York Times", manifestantes colocaram fogo na casa de Jhala Nath Khanal com sua mulher, Ravi Laxmi Chitrakar, dentro, ela teria sofrido queimaduras graves.
"A esposa dele foi levada para o exército após sofrer queimaduras graves. Ela ainda está recebendo tratamento no hospital", contou Jagannath Khatiwada, líder do partido de Khanal.
O primeiro-ministro comunista do Nepal fugiu de helicóptero após protestos massivos no país, motivados pela censura da internet e pelo assassinato de mais de 19 manifestantes da oposição. A casa do líder comunista foi incendiada.
Um confronto envolvendo manifestantes contrários ao bloqueio das redes sociais e a polícia do Nepal deixou ao menos 17 mortos na última segunda-feira, 08 de setembro em Katmandu, a capital do país. O bloqueio atingiu 26 plataformas e foi anunciado quatro dias atrás.
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com