A ex-deputada Flordelis foi presa no início da noite desta sexta-feira '13' em sua casa, na cidade de Niterói (RJ). A informação foi confirmada por seu advogado Jader Marques.
Ela foi levada para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, como mostraram imagens da GloboNews. Segundo a TV, em seguida ela irá ao IML (Instituto Médico-Legal) e depois será encaminhada ao presídio de Benfica.
A Justiça do Rio de Janeiro acolheu o pedido feito pelo Ministério Público do estado e decretou hoje a prisão preventiva. Ela é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói.
Façam uma corrente de oração a meu favor. Tenham convicção de que eu não cometi crime algum. Eu sou inocente. Haja o que houver, aconteça o que acontecer. Ainda que me levem para uma prisão, lá na prisão eu serei adoradora (de Deus). Para quê, eu ainda não sei. Mas ele (Deus) está me levando para lá (prisão).
"Garantia da ordem pública", diz juíza A decisão da Justiça saiu poucas horas após o pedido do Ministério Público. "Mostra-se essencial para a garantia da ordem pública, da eventual aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal, afastando, assim, novas possíveis tentativas de obstrução da Justiça, e possibilitando a busca da verdade real de forma escorreita", diz a decisão da juíza Nearis dos Santos.
Logo após a divulgação da sentença, a GloboNews mostrou imagens da polícia esperando em frente à casa de Flordelis. A ex-deputada também está proibida de manter contato com qualquer um dos outros acusados e, por isso, ela será encaminhada a uma unidade prisional diferente.
Deputada foi cassada na quarta
Atualmente, Flordelis é ré por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Ela foi denunciada em agosto de 2020, mas não podia ser presa por possuir imunidade parlamentar.
Na última quarta (11), a Câmara dos Deputados aprovou a cassação dela por quebra de decoro, tirando o benefício. Flordelis já era monitorada por uma tornozeleira eletrônica desde o ano passado.
No pedido, encaminhado à 3ª Vara Criminal de Niterói, o MP diz que a liberdade de Flordelis coloca em risco a investigação e a aplicação da lei penal.
Segundo o MP, "além da gravidade da conduta criminosa, a ex-deputada, poucos dias após o homicídio, orientou os demais corréus para que o celular da vítima fosse localizado e suas mensagens comprometedoras fossem apagadas, bem como que fossem queimadas as roupas com possíveis vestígios forenses".
Fonte: Uol
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com