O escultor polonês, naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg faleceu nesta quarta-feira, aos 96 anos. Ele estava internado há quase um mês no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Quando ele chegou à capital fluminense, já apresentava um quadro clínico grave. O escultor Sergio Caribé, amigo pessoal, que trabalhou durante trinta anos com Krajcberg detalhou como era o processo de criação do artista.

“Era o único artista vivo que mantinha e tinha um museu em Paris, o Museu Frans Krajcberg. Nos anos 60 ele já antecipou esse movimento de preservação do planeta, as obras dele eram retiradas de queimadas, de destruição de árvores e matas do Brasil”, contou. Essa preocupação ambiental deu origem ao curta-metragem “O Grito da Natureza”, que mostra o lado ativista do escultor. As obras de Krajcberg transitavam pela pintura, gravura, fotografia e escultura.

Ele veio ao Brasil pela primeira vez em 1950 e no ano seguinte participou da primeira Bienal de São Paulo. Morou em diversas cidades do país até que em 1972 fixou residência no Sítio Natura, em Nova Viçosa, no Sul da Bahia, onde morou até o fim da vida. O corpo de Krajcberg será cremado e as cinzas serão levadas à Bahia ainda nesta semana.

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